As contas foram feitas pelo site oficial do F.C. Porto e servem para mostrar como não apenas o Sporting apresenta uma enorme margem de progressão. Tornou-se costume, aliás, enaltecer a juventude leonina - com todo o mérito, aliás -, mas a verdade é que a formação que Jesualdo Ferreira apresentou em Alvalade é até mais jovem que a equipa apresentada por Paulo Bento. Para ser mais correcto, é 14 anos mais jovem. Uma média que podia ser melhor, não fosse a lesão de Anderson (18 anos e titular indiscutível).

A soma das idades de todos os jogadores da equipa portista que iniciou o clássico deste domingo contabiliza 263 anos, já a mesma soma das idades de todos os jogadores da equipa leonina contabiliza 277 anos. São, portanto, 14 anos de diferença. Fazendo a média, o F.C. Porto apresentou-se com uma formação de 23.9 anos, enquanto o Sporting chegou aos 25,1 anos de idade média. A equipa de Paulo Bento era por isso 1,2 anos mais velha que a formação apresentada por Jesualdo Ferreira.

Para além de ter começado com uma equipa mais jovem, o F.C. Porto também terminou com um onze mais novo. Aliás, a formação azul e branca foi mais jovem durante todo o tempo. Mais tarde, com as entradas de Jorginho, Bruno Moraes e Diogo Valente, para os lugares de Paulo Assunção, Quaresma e Lisandro, a equipa ficou um ano mais velha, passando a somar 264 anos. Já o Sporting, com a troca de Caneira, Paredes e Nani por Miguel Garcia, Alecsandro e Carlos Martins rejuvenesceu quatro primaveras, ficando a somar 273 anos. Mesmo assim ligeiramente mais velha. A média feita no final do jogo, de resto, continua a ser mais jovem no caso portista: 24 contra 24, 8 anos.

Início do jogo

Sporting: 277 anos somados no total dos onze jogadores, média de 25,1 anos
F.C. Porto: 263 anos somados no total dos onze jogadores, média geral de 23.9 anos

Após as substituições:

Sporting: 273 anos somados no total dos onze jogadores, média de 24,8 anos
F.C. Porto: 264 anos somados no total dos onze jogadores, média de 24 anos

Noves fora nada, resto zero. O empate entre Sporting e F.C. Porto, em Alvalade, só não deixa tudo na mesma na frente da Liga porque possibilita aos seus perseguidores um encurtar de distâncias que só pode aumentar a emoção nas próximas semanas. As duas melhores equipas portuguesas da actualidade confirmaram esse estatuto num clássico digno, intenso e correcto.
No F.C. Porto, a ausência de Anderson teve a solução mais previsível, com Paulo Assunção de volta ao onze e Lucho e Raul Meireles a tentarem disfarçar a falta de um verdadeiro dez jogando um pouco mais à frente.